Patos de Minas (MG) adota tecnologia biológica e sustentável para controlar a população de Aedes aegypti

Parceria da Prefeitura com empresa multinacional visa reduzir a infestação do mosquito da dengue na regiã.

Patos de Minas (MG) adota tecnologia biológica e sustentável para controlar a população de Aedes aegypti

O município de Patos de Minas adotou neste início de 2024 uma tecnologia biológica, inovadora e sustentável que usa mosquitos Aedes aegypti do Bem™ para combater a própria espécie, fazendo o controle da população de fêmeas transmissoras de doenças e protegendo, de forma eficaz.

À princípio, moradores de dois bairros deste cidade receberão cerca de 350 Caixas do Bem distribuídas em 75 hectares de área urbana.

De acordo com a Secretária Municipal de Saúde, Ana Carolina Magalhães Caixeta, a iniciativa tem o objetivo de diminuir a população do mosquito transmissor da doença que matou 1.079 pessoas no último ano no Brasil, batendo o recorde de mortes em 2022.

Como funciona

Desenvolvida pela multinacional de biotecnologia inglesa Oxitec, fundada na Universidade de Oxford e presente no Brasil desde 2011, a solução inovadora e sustentável chamada Aedes do Bem™ foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em 2020 e, além de ser livre de inseticidas químicos, é altamente eficaz no controle biológico do mosquito Aedes aegypti. É uma tecnologia que libera Aedes aegypti machos autolimitantes, que não picam e não transmitem doenças. O produto é composto por uma caixa reutilizável e refis contendo os ovos de mosquitos.

A solução é bastante simples e fácil de usar. Os ovos dos Aedes do Bem™ se desenvolvem dentro da Caixa do Bem assim que ela é ativada com água limpa. Quando os Aedes do Bem™ machos atingem a fase adulta, voam da caixa para o ambiente urbano, procuram ativamente e acasalam com as fêmeas do Aedes aegypti – que picam e são responsáveis pela transmissão de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Deste cruzamento, apenas os descendentes machos sobrevivem e chegam à fase adulta, herdando dos pais a característica autolimitante que confere a capacidade larvicida fêmea-específica. O resultado é a queda do número de fêmeas que picam e transmitem doenças, e, consequentemente, o controle populacional direcionado do Aedes aegypti.

 

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