Brasil tem 14 medicamentos 'imprescindíveis' em falta
O problema atinge também Minas Gerais que registrou desabastecimento de 51 medicações.

O Brasil tem 14 “medicamentos imprescindíveis ao cuidado à saúde” em falta nos hospitais públicos e privados, indica pesquisa conduzida por seis entidades ligadas ao setor. O levantamento ouviu 883 profissionais de 25 Estados e do Distrito Federal, e 97,4% deles relataram que há escassez de ao menos um fármaco nos estoques. O problema atinge até mesmo Minas Gerais, onde a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), registra desabastecimento de 51 medicações.
Quem lidera a lista é um medicamento amplamente conhecido pela população. A Dipirona Sódica injetável está em falta para 61,5% dos trabalhadores de saúde consultados. Outro medicamento fundamental em falta é a Ocitocina ampola, em falta para 15,4% dos entrevistados. A escassez da medicação compromete significativamente a realização de partos no País. Outro desfalque importante é o dos contrastes radiológicos, problema para 28,1% dos ouvidos e fundamental para a realização de exames de imagem.
Outro medicamento em falta que preocupa os trabalhadores da saúde é a da amoxicilina oral – desfalque sentido por 36,5% dos entrevistados pelas entidades responsáveis pelo levantamento.
A coleta de dados foi realizada na última semana de junho e ouviu 883 profissionais de saúde, entre médicos, farmacêuticos, enfermeiros, administradores e outros funcionários. Desses, 47,2% trabalham no setor público, 28,9% no privado, 15,2% em mais de um hospital e 8,7% em outros setores. A maioria dos respondentes (56,9%) é formada por farmacêuticos.