Café impulsiona desenvolvimento econômico em Minas Gerais

A produção na regiões com Denominação de Origem desempenha um papel fundamental no desenvolvimento regional.

Café impulsiona desenvolvimento econômico em Minas Gerais

A cafeicultura brasileira tem gerado impactos significativos no desenvolvimento socioeconômico de municípios e regiões produtoras. A contribuição do setor no desenvolvimento territorial com a geração de emprego e retenção de riqueza, avanço tecnológico e incentivo à inovação, foi um dos temas debatidos durante a 13ª edição da Semana Internacional do Café (SIC), realizada em Belo Horizonte no início de novembro.

Atividade secular no Brasil, com diferentes características em cada território, a cafeicultura promove a cooperação entre os vários elos da cadeia produtiva e impulsiona outros setores da sociedade. A região das Matas de Minas, no leste de Minas Gerais, por exemplo, vem registrando nos últimos anos um incremento expressivo no seu Produto Interno Bruto (PIB) impulsionado pela atividade cafeeira. Com 64 municípios, o PIB do café na região passou de R$14 bilhões em 2014, para R$24 bilhões em 2024.

De acordo com o presidente do Conselho das Entidades do Café das Matas de Minas, Fabio Junior de Carvalho a produção de café, em especial das regiões que têm reconhecimento de Denominação de Origem, como em Patrocínio,  tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento regional. “O impacto da cafeicultura é transversal. Não é só produzir o fruto e comercializar; a atividade envolve pesquisa, tecnologia, inovação, produtos, plataformas, grandes multinacionais, ou seja, o café promove grandes conexões, gerando resultado e distribuindo renda como nenhuma outra atividade no agronegócio consegue”, afirma.

Na avaliação do gerente do Sebrae Minas na Regional Noroeste e Alto Paranaíba, Marcos Geraldo Alves, o trabalho de governança para unir todos os elos da cadeia produtiva, como cooperativas de crédito, associações de produtores rurais, entidades de apoio e o poder público, é fundamental para o desenvolvimento dos municípios, conduzindo toda a região.

Segundo ele, uma governança bem conduzida é o centro de todo esse processo. “O modelo organizacional do café, na estrutura de governança, de planejamento, organização, marketing e inserção competitiva internacional, acaba atuando como uma locomotiva para o setor e refletindo em outros segmentos. Embora seja uma commodity, existe um fortíssimo trabalho na agregação de valor, por meio das indicações geográficas e da criação de estratégias de marca território que outros segmentos acabam aproveitando e se desenvolvendo também”, destaca.

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